Quando eu era jovem encontrava uma garota e podia, através de uma troca de olhares identificar se ela estava a fim de se relacionar comigo, se fosse em uma festa a tirava para dançar, conversávamos e logo saberia se o romance estava a caminho, geralmente sim! Bastava o primeiro sim vamos dançar para saber que ela “estava no papo”, “havia se encantado”, “estava pronta para outros convites ”. O romance poderia ser duradouro ou não, chegar a um casamento ou durar semanas meses,, pelo menos até a decisão de “ir para a cama”. O que aconteceu com todo este encanto, haviam ocasiões em que sabíamos que o romance deveria ser breve, simplesmente o casal, naquela época, anos 60 ou 70, estava a fim de suprir necessidades fisiológicas momentâneas, curtir o momento, fato sempre condenado pelos conservadores, que achavam que era necessário casar para tal. Os homens nunca pensaram assim, era desejável sim, mas não imprescindível.
Hoje, no ano 2010, fico pensando nos bons momentos que tive, na vida, as garotas que conheci, que queriam apenas casar comigo, que queriam me “encantar”, me “prender ao seu coração”. Encontrei uma jovem que disse ter 18, mas soube mais tarde que tinha 16, parecia 18! Ao me ver em uma pequena cidade do interior de determinado estado, estava na parada de ônibus, quando eu passei de moto, daí houve um olhar, que eu não via faz tempo. Parei mais a frente, retornei e desci da moto, fui ao seu encontro, sentei no banco ao seu lado, cheio de intenções. O bate papo começou normal e, em cinco minutos ela disse “eu queria farinha”, você compra para mim, já alisando meu braço. Ao que fiquei perplexo e me recordei do treinamento da Federal: FARINHA é o apelido da COCAÍNA! Obvio, por ter aparência similar. Era o que ela queria. Pediu R$5,00, se foi com a grana dizendo que ia voltar, informei que eu não usava e não queria. Perguntou se eu tinha alguma coisa contra. Sim se você levar. Enquanto estiver comigo não usa certo Daí ela saiu disse que voltava em cinco minutos e eu dei no pé.
Como havia dito o nome da pousada em que estava morando ela apareceu lá, com a irmã, antes que eu voltasse, pois fui dar uma volta pela cidade. Beijei a irmã e ela e disse que iria encontrá-las no dia seguinte. Mudei de pousada. O programa até poderia ser interessante e me interessava, mas não com prostitutas drogadas. Afinal quem mais iria me proporcionar tal possibilidade? Este talvez seja o ponto. O conforto da vida moderna, a velocidade com que as coisas acontecem está tornando cada vez mais comum o relacionamento pago. Ele sempre existiu, desde a formação do mundo, o que mudou foi o objetivo e, o preço também, haviam me pedido R$15,00, levando-se em conta que eu já tinha “pago” R$5,00 da “farinha”, só faltava R$10,00. Como uma garota se vende tão mal por tão pouco... O pior para qualquer um, certamente um grande risco a saúde de todos. Estou fora! Até pensei em ajudar esta gente, mas sei que não terei apoio e o traficante do pedaço, (são 4 bocas de fumo em um mesmo bairro de cerca de 6 km²), iriam me tostar vivo. A policia está muito presente, acredito que até protejam os traficantes do local, tem uma delegacia muito próximo do local.
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