sábado, 30 de outubro de 2010

Casa Modelo

A fim de equipar uma casa modelo, destinada á famílias de baixa renda, são aqui enumerados alguns pontos que considero importantes no projeto.
Itens de destaque:
Gerar energia elétrica por sistema eólico, queda de água da chuva e pedal ergométrico, tal energia será usada para recarregar as baterias de 12 VDC 60 a 150 AH, que alimentando um “no break”, gera energia suficiente para: se 60 AH x 12 = 720 W, o suficiente para alimentar: Uma TV (150W), mais 3 lâmpadas de 9 W (27 W), um ventilador (80W), durante 3 horas, sem recarga nenhuma. Se, entretanto, no momento de uso estiver ventando, chovendo ou alguém pedalando, este tempo seria esticado de acordo com a carga gerada. Claro que é possível maior tempo sem recarga, porém as baterias seriam mais dispendiosas.
Aquecer água por sistema muito simples, trata-se de uma tubulação de cobre ou alumínio, (o cobre torna-se mais fácil trabalhar devido às soldas de baixa temperatura), toda a água aquecida durante o período de insolação é guardada em tambor térmico.
Os mesmos sistemas de recarga usados para a casa podem servir também para recarga de baterias de 48 volts 20 AH (960 W), das bicicletas de passeio, que por sua vez já existem a venda no mercado, proporcionando cerca de 50 km de autonomia a 50 km/h de velocidade.
Finalmente para o caso de uma emergência: Ninguém pedalou, não houve vento suficiente, nem choveu há mais de 3 horas e a energia se esvaiu das baterias. Neste caso teríamos a energia elétrica do gerador fóssil, pequeno de baixo consumo, o que representa, mesmo nestas condições uma economia em relação ao que usamos hoje em todas as casas sem nenhum escrúpulo de economia, até mesmo porque quem usa nunca soube quanto consome cada aparelho elétrico.
A maior providência, entretanto, em minha opinião seria a de informar, junto ao interruptor quanto vai gastar cada equipamento ao ser ligado, pois assim o usuário saberá antecipadamente quanto vai gastar de energia se ligar o aparato, coisas que hoje em dia não temos noção exata. Eu por exemplo tinha uma geladeira antiga, que funcionava muito bem, mas estava sem aparência, enferrujada e com arranhões devido a muitas mudanças. Ao ser trocado por uma geladeira com freezer acoplado de -18 graus, consumindo, entretanto 80 W, que em comparação com a anterior, 120 W, representou uma economia de 40 W, (em 12 Volts 3 AH) durante o ano, o poderia ser usado para alimentar um equipamento de som durante o mesmo período. Se a tal geladeira nova não for usada com temperaturas muito baixas, se ainda não for aberta sua porta muitas vezes e se tal ocorrer não for deixada aberta por muito tempo a economia pode ser ainda maior.
Como podemos observar, pequenas atitudes poder representar uma economia ainda maior que qualquer mudança tecnológica, mudança de atitude muitas vezes não requer custo.
Espero poder somar algo à vida dos leitores, fico grato por terem dado esta atenção.

Tratamento Desumano

Já perceberam que as empresas atualmente tratam seus funcionários como seres, (às vezes nem isso), que não são bem vindos ao seu convívio? Começam não convidando seus “colaboradores” a determinadas ocasiões, geralmente reuniões e comemorações definidamente fechadas, onde somente os chefes comparecem. Em alguns casos os estacionamentos são discriminatórios, tipo as sombras sempre ficam reservadas aos “superiores” hierárquicos, diretores então ficam com as vagas cobertas, o presidente vai de carro com motorista.
As empresas norte americanas, apesar da atual crise são as que tratam seus colaboradores como tal. TODOS têm os mesmos direitos, somente diretos especiais, por exemplo, uma vaga próxima à sala onde trabalha. Certa vez, ao prestar serviço a uma destas multinacionais, administradas por diretores norte americanos, no Centro Industrial de Aratú, na Bahia, distante cerca de 40 km de Salvador, onde todos residiam, fui pego de surpresa, pois não havia levado meu carro e seria necessário ficar trabalhando até mais tarde, em uma fábrica de onde os ônibus que transportam os funcionários tinham horário rigoroso e deveriam deixar a fábrica com todos os funcionários no horário normal de saída. O diretor industrial fez questão de deixar seu veículo pessoal com um dos funcionários que me acompanhou durante os trabalhos. Este então me deixou em casa e no dia seguinte levou o veículo de volta à fábrica.
Se tal acontece no serviço público, nem pensar. Os trabalhos vão ser adiados para o dia seguinte, o funcionário será certamente penalizado, pois o transporte ficaria por conta da empresa prestadora, enfim ninguém iria se incomodar com o desconforto alheio.
Cada empresa que trata seus funcionários como um mal necessário, arrisca seu próprio futuro. Cada colaborador maltratado passa a ser um inimigo importante, que pode sim trazer prejuízos incalculáveis da mesma forma que o contrário cada funcionário bem tratado torna-se um colaborador a mais, correspondendo além da expectativa de seus diretores.
Cada funcionário deve ser lembrado como os dentes de uma engrenagem, que precisam estar sempre lubrificados e fortes o suficiente para girar toda a maquina técnico administrativa. Se um dente de uma das engrenagens estiver danificado toda a caixa de redução ou multiplicação de força será comprometida, pois os cálculos são feitos baseados na distribuição de forças de forma igual para todos. Da mesma forma que na empresa todos devem estar comprometidos em realizar o melhor trabalho. Não adiantaria executar todas as tarefas técnicas de fabricação de forma correta e atender mal ao telefone, os clientes não chegariam sequer a pedir nada desta fábrica!
Como vemos cada fase dos trabalhos é necessário que seja muito bem feita. Como esperar que funcionários sejam COLABORADORES COMPROMETIDOS COM A QUALIDADE, se não os tratarmos de forma a se sentirem úteis e importantes? Salários baixos, -Já temos o exemplo da Polícia Civil, a maioria dos funcionários presta os piores serviços imagináveis de forma unânime em todo o pais! Conforme seu nível salarial.
É preciso mudar este contesto com urgência, se quisermos obter resultados compatíveis. Existe hoje um contexto nacional de que todos os serviços devem ser mal prestados, que sempre que possível deve-se tirar proveito de situações que possam nos trazer algum benefício, por menor que seja. A semana passada ao trafegar por uma rodovia estadual pelo interior do Pará, fui surpreendido por uns papeis e um óculos voando da moto do meu companheiro de viagem que ia à frente e, nem sequer percebeu a perda. Retornei, a fim de pegar seus pertences e encontrei de imediato um cidadão de outra moto, que parou, catando todo o dinheiro espalhado na rodovia, uns R$15,00 mais o óculos. Pedi que devolvesse os pertences, ele me atendeu, mas de cara feia. Como se eu estivesse interferindo em seus ganhos. Acredito que me atendeu por ter visto o colega voltar ao nosso encontro e também por que cerquei a moto dele com a minha.
Anos atrás seria muito fácil reencontrar sua carteira com todo o dinheiro, se perdida em algum lugar. Hoje é melhor esquecer que perdeu! Todos ao redor parecem precisar nos tomar os pertences. Se seu carro parar ou tiver um acidente em alguma destas rodovias, pode contar que seu veículo será saqueado logo em seguida, talvez nem sequer lhe socorram, mas o veículo, será minuciosamente desmontado e cada nativo levará um pedaço para casa, como um troféu.
Otacílio G. Magalhães
Av. Presidente Vargas, 498
CP 956 – 66017-970

O futuro

Temos a impressão de um futuro pouco promissor, se levarmos em consideração a degeneração dos relacionamentos humanos, já não mais cumprimentamos as pessoas desconhecidas ao passar por elas nas ruas, como faziam nossos antepassados, temos sempre a impressão de que a cada esquina pode ter algum malfeitor a espreitar os incautos que por lá passarem, já não mais nos olhamos com amor, pois sempre existe o risco, até mesmo em cidades do interior, existe o temor e do risco.
Até quando e onde iremos parar seguindo por este caminho? As pessoas já não mais trabalham com a necessária tranquilidade, não existe mais paz em lugar algum deste país.
Deveríamos cobrar das autoridades certos benefícios básicos, que poderiam acabar com esta violência e este medo desenfreado:
Policiamento, lógico, é básico para que tenhamos alguma chance de segurança em qualquer grande cidade.
Desenvolvimento econômico, a começar pela construção civil, onde se empregam mais malfeitores, (malfeitores enquanto desempregados).
Aumento do numero de empregos, mesmo os mais humildes.
Maior vigilância quanto aos camelôs e ocupações informais, que possam concorrer com o comércio em geral, que paga efetivamente impostos, em troca de nada.
Treinamento e educação gratuita aos que precisarem e manifestarem tal desejo, sempre será necessária a mão de obra especializada em todos os ramos de negocio.
Redução de impostos nas áreas em que for necessário maior desenvolvimento, sabendo-se que em determinado local uma horta pode ser altamente produtiva, e o publico alvo carece de tal produto, deve-se fomentar de alguma forma este tipo de negócio, informando aos empresários e a população em geral, através da mídia, informando quais vantagens seriam oferecidas aos empresários e a população em geral pelo atendimento ao chamado do governo, prefeitura ou administração. Eu e você jamais aplicaríamos nosso rico dinheiro em negócios escusos ou de vantagem duvidosa ou ainda com dinheiro de custo elevado.
Fiscalização da administração dos novos negócios, garantindo assim que tanto a aplicação do capital emprestado a custo baixo esta sendo realmente empregado naquilo que interessa ao grupo social interessado.
Devemos nos lembrar que um administrador, prefeito, governador, até mesmo presidente é um mero diretor que está lá para atender as necessidades do povo e do país, nada mais.
De nada adianta varrer os bandidos de determinada área, pois irão assaltar em outra, quando um país chega ao ponto em que estamos agora no Brasil, de nada adianta prender todos os bandidos, pois irá restar muito pouca gente do lado de fora das cadeias. Não é admitir que “a ocasião faz o ladrão” o momento é de crise e como em uma guerra, quando faltam alimentos o povo em geral saqueia os mercados em busca do que comer mesmo sem dinheiro, trata-se de SOBREVIVÊNCIA, e cada um administra sua crise a seu modo, e sem educação e treinamento todos os cidadãos estarão passíveis de errar em suas decisões, tal qual vem acontecendo atualmente.
Não podemos continuar esperando e vendo este filme passar, precisamos agir e rápido antes de sermos atingidos por um destes problemas ou mesmo por uma bala perdida.
Otacílio G. Magalhães
Av. Presidente Vargas, 498
CP 956 – 66017-970

Encontros

Quando eu era jovem encontrava uma garota e podia, através de uma troca de olhares identificar se ela estava a fim de se relacionar comigo, se fosse em uma festa a tirava para dançar, conversávamos e logo saberia se o romance estava a caminho, geralmente sim! Bastava o primeiro sim vamos dançar para saber que ela “estava no papo”, “havia se encantado”, “estava pronta para outros convites ”. O romance poderia ser duradouro ou não, chegar a um casamento ou durar semanas meses,, pelo menos até a decisão de “ir para a cama”. O que aconteceu com todo este encanto, haviam ocasiões em que sabíamos que o romance deveria ser breve, simplesmente o casal, naquela época, anos 60 ou 70, estava a fim de suprir necessidades fisiológicas momentâneas, curtir o momento, fato sempre condenado pelos conservadores, que achavam que era necessário casar para tal. Os homens nunca pensaram assim, era desejável sim, mas não imprescindível.

Hoje, no ano 2010, fico pensando nos bons momentos que tive, na vida, as garotas que conheci, que queriam apenas casar comigo, que queriam me “encantar”, me “prender ao seu coração”. Encontrei uma jovem que disse ter 18, mas soube mais tarde que tinha 16, parecia 18! Ao me ver em uma pequena cidade do interior de determinado estado, estava na parada de ônibus, quando eu passei de moto, daí houve um olhar, que eu não via faz tempo. Parei mais a frente, retornei e desci da moto, fui ao seu encontro, sentei no banco ao seu lado, cheio de intenções. O bate papo começou normal e, em cinco minutos ela disse “eu queria farinha”, você compra para mim, já alisando meu braço. Ao que fiquei perplexo e me recordei do treinamento da Federal: FARINHA é o apelido da COCAÍNA! Obvio, por ter aparência similar. Era o que ela queria. Pediu R$5,00, se foi com a grana dizendo que ia voltar, informei que eu não usava e não queria. Perguntou se eu tinha alguma coisa contra. Sim se você levar. Enquanto estiver comigo não usa certo Daí ela saiu disse que voltava em cinco minutos e eu dei no pé.

Como havia dito o nome da pousada em que estava morando ela apareceu lá, com a irmã, antes que eu voltasse, pois fui dar uma volta pela cidade. Beijei a irmã e ela e disse que iria encontrá-las no dia seguinte. Mudei de pousada. O programa até poderia ser interessante e me interessava, mas não com prostitutas drogadas. Afinal quem mais iria me proporcionar tal possibilidade? Este talvez seja o ponto. O conforto da vida moderna, a velocidade com que as coisas acontecem está tornando cada vez mais comum o relacionamento pago. Ele sempre existiu, desde a formação do mundo, o que mudou foi o objetivo e, o preço também, haviam me pedido R$15,00, levando-se em conta que eu já tinha “pago” R$5,00 da “farinha”, só faltava R$10,00. Como uma garota se vende tão mal por tão pouco... O pior para qualquer um, certamente um grande risco a saúde de todos. Estou fora! Até pensei em ajudar esta gente, mas sei que não terei apoio e o traficante do pedaço, (são 4 bocas de fumo em um mesmo bairro de cerca de 6 km²), iriam me tostar vivo. A policia está muito presente, acredito que até protejam os traficantes do local, tem uma delegacia muito próximo do local.